A varejista Via, proprietária das marcas Casas Bahia e Ponto, divulgou hoje um lucro líquido contábil de R$ 6 milhões para o segundo trimestre, em comparação com R$ 132 milhões no mesmo período do ano anterior. Já o lucro ajustado, excluindo despesas não recorrentes, foi de R$ 16 milhões.
O resultado operacional, medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ajustado, alcançou R$ 748 milhões, um aumento em relação aos R$ 485 milhões do ano anterior.
O resultado financeiro apresentou um saldo negativo de R$ 574 milhões, em comparação com a despesa de R$ 244 milhões no mesmo período do ano passado, influenciado pelo aumento da taxa Selic.
As vendas nas mesmas lojas da empresa cresceram 11,8% em relação ao ano anterior, mas as vendas brutas totais, incluindo as do marketplace, diminuíram 3,5%, atingindo R$ 11 bilhões. O destaque foi o desempenho dos vendedores no marketplace, cujas vendas no conceito GMV (Gross Merchandise Volume) caíram 19,2% no período, para R$ 1,35 bilhão.
A Via também atualizou informações sobre processos trabalhistas que têm afetado suas finanças. A entrada de novos processos diminuiu 52% em relação ao ano anterior, e os pagamentos diminuíram 42%.
A empresa espera um impacto no caixa entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões neste ano, e um impacto nos resultados de R$ 900 milhões a R$ 1 bilhão, devido a esse tema.
Para lidar com os pagamentos dos processos, a Via tem ativado a monetização de créditos tributários. A empresa espera monetizar R$ 998 milhões no segundo semestre, em comparação com R$ 837 milhões na primeira metade de 2022. O balanço mostra que o total estimado de créditos é de R$ 10,3 bilhões.
