No primeiro aniversário da ascensão dos talibãs ao poder no Afeganistão, a jovem ativista Malala Yousafzai expressou sua preocupação nas redes sociais, descrevendo esse período como “um ano de escuridão” para o país.
“Há um ano, homens e mulheres afegãos tiveram que abandonar seus sonhos. Devemos continuar amplificando suas vozes para que os líderes muçulmanos e mundiais não possam mais ignorar essa situação”, afirmou Malala.
Ela ressaltou que o povo afegão não desistiu e continuará lutando para restaurar a liberdade e a dignidade do país.
Malala também fez um apelo para que esse seja o último aniversário dos talibãs no poder do país.
“No próximo ano, esperamos estar celebrando um governo eleito que permita que todas as mulheres e meninas alcancem seu pleno potencial”, acrescentou.
A conexão de Malala com os talibãs é profundamente marcada por sua história pessoal. Aos 15 anos, ela foi baleada na cabeça por lutar pela educação das mulheres, confrontando a proibição imposta pelo grupo de que as mulheres não deveriam frequentar escolas no Paquistão, onde ela nasceu e viveu.
Essa trágica experiência projetou Malala internacionalmente, impulsionando-a a liderar um movimento global pela educação das meninas e das mulheres em todo o mundo.
Como resultado de sua luta, Malala escreveu uma autobiografia que compartilha suas experiências e desafios. Seu trabalho foi reconhecido com o Prêmio Nobel da Paz em 2014.
