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Para ter acordo, Irã quer concessões dos Estados Unidos

Na noite de segunda-feira (15), o Irã enviou sua resposta ao chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, sobre a questão nuclear, estabelecendo suas condições. A União Europeia havia declarado que este seria um “texto final”, a ser adotado ou abandonado definitivamente.

A resposta de Teerã, enviada antes da meia-noite, exige mais concessões dos Estados Unidos. Seyed Mohammad Marandi, assessor da equipe de negociação iraniana, afirmou à RFI que o Irã expressou preocupação com várias questões pendentes, que considera solucionáveis pelos ocidentais. Embora estejam mais próximos de um acordo, o trabalho não será concluído até que esses problemas sejam resolvidos.

Até então, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, havia indicado que os americanos demonstraram “oralmente” flexibilidade em duas das três questões pendentes, mas o Irã quer garantias de que os EUA não sairão novamente do acordo nuclear firmado em julho de 2015, como fizeram em maio de 2018.

Nada está definitivamente estabelecido, especialmente porque o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, afirmou que Teerã deveria abandonar suas exigências “supérfluas”.

Enquanto isso, a União Europeia está “analisando” a resposta do Irã ao “texto final” elaborado pelo bloco para salvar o acordo de 2015 sobre a questão nuclear iraniana, em consulta com seus parceiros, conforme anunciado por uma porta-voz da Comissão Europeia nesta terça-feira (16).

O Irã acredita estar em posição de vantagem, considerando a crise na Ucrânia, a crise energética iminente antes do inverno no hemisfério norte e os avanços consideráveis em seu programa nuclear. O país busca obter o máximo de concessões dos Estados Unidos e dos países europeus antes de qualquer acordo.

Após meses de impasse, as discussões foram retomadas em 4 de agosto em Viena, na Áustria, para uma nova tentativa de salvar o acordo internacional firmado em 2015 entre o Irã, Estados Unidos, Grã-Bretanha, China, França, Alemanha e Rússia, sob a égide da União Europeia.

Em 26 de julho, Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia e coordenador do acordo nuclear iraniano, apresentou um projeto de compromisso e incentivou as partes envolvidas nas negociações a aceitá-lo, a fim de evitar uma “crise perigosa”.

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